A especializada em pesquisas de negócios do esporte, Sponsor United, divulgou recentemente um relatório sobre a crescente demanda por esportes a motor ao redor do mundo. Puxada claro pela F1 que está com uma crescente popular incrível nos últimos anos, graças a aquisição da categoria pela Liberty Media em 2017 que teve papel fundamental na fomentação da marca pelo mundo, incluindo uma série na Netflix (Drive to Survive) e tendo seu ponto alto, ao menos até o momento, no último GP de Miami nos EUA no dia 7 de maio.
O relatório mostra que a demanda por esportes a motor não é exclusividade da Fórmula 1, outras categorias como MotoGP, NASCAR e Fórmula Indy, estão tendo um apelo comercial e do público, muito maior em comparação a anos anteriores, graças ao crescente apelo destes eventos em diferentes partes do mundo, saindo um pouco dos tradicionais cenários como os EUA e Europa. Um fator importantíssimo que ajudou a aumentar a popularidade destas categorias, foi a busca por atingir um público mais jovem e atraí-lo para consumir conteúdo, produtos e as transmissões destas categorias. Com este movimento, estão alimentando mais investimentos nas categorias, uma vez que o mercado percebe uma adaptação e a busca por inovação.
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Outro fator importante para esta crescente é a transformação dos atletas em estrelas globais. Ídolos que farão no mínimo com que você ligue a TV para vê-los ou que siga suas redes sociais, transformando-os em ativos comerciais valiosos. Segundo o relatório, os atletas fecharam acordos comerciais com 84% mais marcas em 2022 do que em 2021. Um sinal claro deste movimento de comercialização dos atletas, sobretudo da F1. Acordos de patrocínio aumentaram neste período tanto na F1 (26%), quanto na Fórmula Indy (13%), NASCAR (8%) e MotoGP (32%).
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Mas a crescente demanda pelos esportes a motor não fica restrito apenas a busca por novos públicos e aumento da popularidade de seus pilotos. A preocupação com o meio ambiente por parte das categorias, também é um fator que atrai investimentos, principalmente de empresas que têm uma mentalidade ecológica e que desejam investir nas categorias visando uma oportunidade de conscientização e compromisso ambiental. É o caso da F1 e da NASCAR que decidiram otimizar suas operações com compromisso de carbono zero até 2030 e 2035, respectivamente. E junto deste movimento, o crescimento da categoria de carros elétricos, a Fórmula E, criada em 2014 com intuito de promover o desenvolvimento de veículos elétricos pelo mundo e que nos últimos anos vem tendo grande destaque no cenário do automobilismo.
Por fim, óbvio que irei falar sobre o GP de Miami da F1 que ocorreu entre os dias 5 a 7 de maio, o evento contou com a presença de estrelas do cinema, astros de outros esportes, cantores e números que mostram que a categoria está conquistando cada vez mais o público americano. E isso é muito bom para a categoria e toda a indústria do automobilismo. Quer ver um exemplo, está foi a segunda vez que Miami sediou uma corrida da Fórmula 1, ano passado a categoria em toda a sua temporada teve uma média de 1 milhão ou mais de telespectadores por corrida no mercado norte americano, só o GP de Miami em 2022 teve 2,6 milhões de telespectadores, um recorde da categoria na terra do tio Sam. Este ano o GP de Miami teve uma leve queda deste número, 24%. 1,96 milhões de telespectadores americanos sintonizaram a ABC para verem a corrida, mas nada que assustasse os chefões da Liberty Media, que estão fazendo um trabalho espetacular em transformar a principal categoria do automobilismo em algo novo, jovem, inovador e atual, tornando-a mais popular e melhor comercializável.
Fonte: Sponsor United
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