A camisa 9 de Matthew Stafford será lembrada por muitos, como uma história de superação. É inegável dizer que durante os 11 anos que passou comandando o time do Detroit Lions foram cercados de sofrimento para Stafford, principalmente pela falta de ajuda que o camisa 9 tinha, seja no ataque ou na defesa.
Após uma das temporadas mais deploráveis da história da NFL no ano de 2008, quando os Lions tiveram uma campanha de 16 derrotas em 16 jogos, Stafford foi selecionado pela equipe de Detroit em 2009, sendo draftado na 1ª escolha geral, e claro, com muitas expectativas em volta dele após se destacar pela universidade de Geórgia.
Não vamos entrar em detalhes sobre as temporadas em que Stafford jogou, mas é preciso lembrar que ele criou uma das maiores duplas entre quarterback e wide receiver da história da liga, junto com Calvin Johnson. O ‘Megatron’, como era conhecido, usava a camisa 81 e é considerado até hoje, como um dos recebedores mais atléticos e imparáveis de todos os tempos. E, para a surpresa de vários, ele anunciou a aposentadoria muito cedo em sua carreira, alegando que não tinha a ajuda necessária para almejar algo maior na carreira, uma história muito parecida com de Matt Stafford.
Desde a chegada do seu novo quarterback, os Lions se classificaram apenas três vezes para a pós temporada da NFL, e nas três, Stafford saiu derrotado. O camisa 9, que até ano passado, acumulava quase 40 mil jardas passadas na carreira e tinha o recorde de mais viradas conquistadas desde que chegou a liga, ainda não tinha uma vitória se quer em um jogo de playoffs.
E então após muitos anos em Detroit, Stafford foi para o Los Angeles Rams, que já estava planejando um all-in para essa temporada, após trocar escolhas de draft para assinar com jogadores veteranos. Após um começo de temporada bem explosivo, com uma linha ofensiva decente e um grupo de recebedores acima da média, principalmente com Cooper Kupp e liderado pelo treinador Sean McVay, os Rams, e principalmente Stafford, tiveram uma reta final de temporada de altos e baixos, mas terminaram a temporada como campeões da NFC West, com uma campanha de 12 vitórias e 5 derrotas.
O primeiro jogo nos playoffs vestindo a camisa de L.A, foi um confronto de divisão, contra o Arizona Cardinals, Stafford conseguiu sua primeira vitória em um jogo de playoffs pela primeira vez na carreira, após quase 13 anos de carreira. O próximo confronto seria fora de casa, justamente contra o atual campeão, Tampa Bay Buccaneers, liderado mais uma vez por Tom Brady e cia. Após fazer um 1° tempo impecável, os Rams quase levaram uma virada que seria histórica, mas o passa de Stafford para Kupp, faltando poucos segundos para acabar o tempo regulamentar, a conexão que funcionou de forma impecável na temporada regular, funcionou novamente no momento mais importante, o passe perfeito fez com que os Rams se classificassem para a final de conferência contra mais um rival de divisão, os 49ers.
Após perder de virada na última semana da temporada regular, L.A fez os ajustes necessários e com uma vitória merecida, o time estava de volta ao Super Bowl, e teria a oportunidade de jogar no seu próprio estádio. Matt Stafford, que em 12 anos com os Lions não tinha uma vitória em playoffs, já havia conquistado três triunfos seguidos apenas em sua primeira temporada com seu novo time.
Sem entrar em detalhes sobre a partida em si, contra o Cincinnati Bengals, no Super Bowl 56, vamos ao que interessa: Matt Stafford era finalmente um campeão da NFL, após vários anos em um time que não fazia questão de ajudá-lo, o camisa 9 se tornou mais um integrante na lista de campeões.
Claro, todos os jogadores que entraram em campo no domingo do dia 13 de fevereiro são merecedores, e principalmente o time dos Bengals, com toda sua garra e vontade de vencer, um time que se recusa a jogar a toalha. Mas Stafford era um espetáculo à parte. Vê-lo levantar o troféu de prata, um jogador que se recusou a desistir, não teve pressa para conquistar aquilo que sempre foi seu sonho
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