O momento está propício para investidores adquirirem direitos de transmissão e mídia no futebol.
- Rodrigo Costa
- 3 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Esta semana a americana especializada em negócios do esporte, Front Office Sports noticiou que uma nova empresa de capital está surgindo para aproveitar o momento de crescimento em relação a investimentos no futebol. Trata-se de dois fundos de hedge com sede em Londres que estão planejando esta empreitada. Antes de começar vou explicar o que significa "fundo de hedge". Segundo a definição da revista Exame; fundo de hedge são fundos de investimentos que podem aderir a diferentes estratégias de alocação de forma mais livre e diversificada, ou seja, são investidores ecléticos com grande quantidade de capital que desejam investir livremente usando técnicas de investimento complexas e de alto risco. E o esporte se encaixa neste tipo de investimento.
Agora que você já sabe o que significa fundo de hedge, vamos voltar a informação onde, tudo indica, nos próximos anos a curto prazo pode se tornar corriqueira. Dois fundos de hedge com sede em Londres; Fasanara Capital e Tifosy Capital & Advisory estão se unindo para criar um novo fundo de investimentos no valor de US$ 500 milhões para investir em times de futebol. Porém o objetivo é utilizar de uma estratégia diferente de outros fundos que investem no futebol.
Geralmente os investimentos são feitos na forma de compra parcial ou inteira de algum clube de futebol, mas este novo fundo está se concentrando em explorar os fluxos de receitas dos clubes, como direitos de transmissão e venda de ingressos. O plano é a Fasanara Capital, que administra US$ 4 bilhões em ativos, administrar o portfólio do clube com acordos de terceirização sendo administrados pela Tifosy Capital & Advisory. E em vista do momento atual de renovações contratuais de direitos de transmissões de algumas ligas mundo a fora, pode ser uma estratégia certeira.
Vou citar alguns exemplos que validam a idéia do fundo de investir em novos ativos no futebol. Em dezembro de 2021 a La Liga garantiu um acordo de US$ 2,1 bilhões com a CVC Capital Partners, mesmo com os gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid não aceitando o acordo. A Ligue 1 vendeu 13% de seus direitos de transmissão à mesma CVC Capital Partners por US$ 1,5 bilhões em março de 2022. Em setembro passado a Serie A italiana renovou as negociações para vender parte de seus direitos de mídia. A britânica Apax Partners, as americanas Carlyle Group e Searchlight Capital, além da europeia Three Hills Capital Partners demonstraram interesse em trabalhar com a Serie A neste novo acordo. Das grandes liga europeias a Bundesliga está neste momento envolvida em negociações com pelo menos cinco empresas em um acordo de direitos de midia que venderia 12% a 15% em participação entre 25 a 30 anos por aproximadamente US$ 2,7 bilhões a US$ 3,25 bilhões. O terreno de transmissão e direitos de mídia no futebol está fértil para os investidores.

Fonte: Front office Sports
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