A revista Forbes fez uma lista com os 25 maiores impérios esportivos do mundo neste ano. Juntos estes impérios valem US$ 174 bilhões (R$ 901,3 bilhões) valor 23% maior que 2022. Para construir impérios esportivos bilionários, os proprietários de algumas franquias esportivas americanas ou de clubes do futebol europeu utilizaram estratégias e ferramentas de crescimento para alavancar suas marcas e propriedades intelectuais, dentre estas estão; adquirir novas equipes, cobrar preços mais altos pelos direitos de mídia, expandir a distribuição em streamings e vender novos patrocínios.
Um exemplo prático destas estratégias e ferramentas num conglomerado de negócios esportivos é o da Liberty Media, que está no topo da lista valendo US$ 21 bilhões. Liderado pelo bilionário John Malone, os principais ativos da empresa são a Fórmula 1, com valor de mercado de US$ 17,1 bilhões e a equipe de baseball Atlanta Braves, campeã da World Series de 2021, com valor de US$ 2,1 bilhões. A Liberty Media é um exemplo de expansão de distribuição em streamings e direitos de mídia mais caros. Após a parceria com a Netflix para a produção do aclamado documentário Drive to Survive que mostra os bastidores da temporada da Fórmula 1, a marca Fórmula 1 ficou mais popular entre o público mais jovem ou que tinha aversão a modalidade. Atingindo novos públicos, popularizando a marca e seus pilotos e deixando-a mais "cool", a empresa conseguiu valorizar a marca da competição e claro atingir patamares de mídia jamais visto anteriormente pela modalidade. No mercado americano a média de telespectadores cresceu consideravelmente em 2022, atingindo 1,21 milhões de espectadores. Além de assinar um novo acordo televisivo de, supostamente, US$ 75 milhões por ano, valor 15 vezes maior que o contrato anterior.
Imagem: Pinterest
Outra estratégia usada por alguns proprietários é a de dominar um mercado local ou até global. É o exemplo do bilionário Ted Leonsis, dono da Monumental Sports and Entertainment. Ele e sua empresa são donos do time de basquete Washington Wizards e da franquia de hóquei Washington Capitals, além do prédio onde ambas jogam, a Capital One Arena. E claro, para se ter controle sobre a distribuição que o empresário ache mais certeira para suas equipes, ele adquiriu 66% da NBC Sports de Washington. Lembrando que nos EUA os canais esportivos são regionais. Assim a MSE terá maior controle sobre a distribuição de conteúdo de suas franquias, tendo como resultado um valor de mercado de US$ 4,5 bilhões, ocupando o 20º lugar da lista da Forbes. Já um exemplo de império que pensa num domínio global é a da Kroenke Sports and Entertainment, dirigido pelo bilionário Stan Kroenke. A empresa possui equipes como o Arsenal da Premier League, na NHL o Colorado Avalanche, na NBA o Denver Nuggets e na NFL o Los Angeles Rams, campeão do Super Bowl LVI. O valor de mercado da KSE é de US$ 12,7 bilhões, sendo o segundo da lista.
Imagem: galeria
Após esta introdução sobre os perfis dos impérios e suas estratégias de crescimento, irei mostrar a lista dos 10 primeiros colocados. A metodologia usada pela Forbes para ser qualificado como um império esportivo a empresa deve possuir participação majoritária em pelo menos uma equipe esportiva e seus investimentos agregados em outras propriedades relacionadas ao esporte, totalizando US$ 100 milhões e propriedade de 50% ou menos. Vamos a lista contendo o valor de mercado, portfólio de equipes e propriedades, e as pessoas responsáveis pela empresa, neste caso a Forbes a chamam de pessoas-chave;
1- Liberty Media
Valor: US$ 20 bilhões
Portfólio: Atlanta Braves, Fórmula 1, Drone Racing League, korenke Arena Co., Meyer Shank racing e Overtime Sports.
Pessoas-chave: Gregory Maffei (presidente e CEO) e Albert Rosenthaler (CCDO).
2- Kroenke Sports & Entertainment
Valor: US$ 12,7 bilhões
Portfólio: Los Angeles Rams, Colorado Avalanche, Denver Nuggets, Arsenal FC, The Guard, Colorado Rapids, Colorado Mammoth e Altitude Sports and Entertainment.
Pessoas-chave: E. Stanley Kroenke (proprietário e presidente).
3- Jerry Jones
Valor: US$ 11 bilhões.
Portfólio: Dallas Cowboys, Legends Hospitality, The Star e GameSquare Sports.
Pessoas-chave: Jerry Jones (proprietário, presidente e gerente geral dos Cowboys)
4- Fenway Sports Group
Valor US$ 10,4 bilhões
Portfólio: Boston Red Sox, Liverpool FC, Roush Fenway Keselowski Racing, NESN, Fenway Sports Management e Pittsburgh Penguins.
Pessoas-chave: John Henry (cofundador e principal proprietário) e Thomas Werner (cofundador e presidente).
5- Madison Square Garden Sports
Valor: US$ 9,1 bilhões
Portfólio: New York Knicks, New York Rangers, Counter Logic Gaming e Hartford Wold Pack.
Pessoas-chave: James Dolan (presidente executivo) e David Hopkinson (presidente e COO).
6- The Kraft Group
Valor: US$ 8,4 bilhões
Portfólio: New England Patriots, New England Revolutions, UFC, Kraft Analytics Group, Draftkings, Oxygen Esports e Roblox.
Pessoas-chave: Robert Kraft (fundador, presidente e CEO).
7- Yankees Global Enterprises
Valor: US$ 7,6 bilhões
Portfólio: New York Yankees, Legends Hospitality, YES Network, New York City FC, Yankee Stadium Events e AC Milan.
Pessoas-chave: Hal Steinbrenner (sócio geral e presidente do conselho).
8- Glazer Family
Valor: US$ 7,5 bilhões
Portfólio: Manchester United e Tampa Bay Buccaneers
Pessoas-chave: Bryan Glazer, Edward Glazer e Joel Glazer.
9- Fundação Paul G. Allen
Valor: US$ 7,4 bilhões
Portfólio: Seattle Seahawks, Portland Trail Blazers e Seattle Sounders.
Pessoas-chave: Jody Allen (presidente).
10- Maple Leaf Sports & Entertainment
Valor: US$ 6,4 bilhões
Portfólio: Toronto Raptors, Toronto Maple Leafs, Toronto FC, Toronto Argonauts e Toronto Marlies.
Pessoas-chave: Cynthia Devine (presidente e CEO) e Sabina Rizvi (CFO).
Fonte: Forbes
Comments